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Como prevenir lesões musculares?


As lesões musculares são provavelmente a causa mais frequente de incapacidade física na prática desportiva, colmatando cerca de 30 a 50% das lesões desportivas (em conjunto com outras lesões de tecidos moles, como as ligamentares). Podem ser provocadas por contusão (traumatismo), estiramento ou rotura, estando dependentes da posição do músculo (em alongamento ou contração). Destas, as duas primeiras causas são as mais frequentes, sendo a última menos comum. Podemos classificar as lesões musculares em ligeira, moderada ou severa, de acordo com os sinais clínicos presentes, oscilando no espectro de gravidade: desde ausência de deformidade e edema ligeiro sem perda de funcionalidade significativa, até ao extremo de deformidade considerável, visível a olho nu, edema acentuado com hematoma extenso e perda completa de função (normalmente associado a roturas de grandes dimensões ou mesmo completas).

Como prevenir lesões musculares

Existem várias formas de prevenir lesões. Se pratica desporto – independentemente de qual seja -, é importante aprender bem as técnicas e gestos envolvidos na prática, de forma a realizá-los com qualidade e evitar erros técnicos. Estes não só prejudicam a performance, como podem conduzir a lesões, quer por acidente, quer por repetição e desgaste. É ainda essencial realizar o aquecimento antes de esforços físicos.

Por outro lado, uma boa alimentação, suplementação e um bom descanso são pontos-chave. É de grande importância, em adição a tudo isto, realizar massagens desportivas com alguma regularidade e valorizar pequenas queixas que possa sentir (ex.: músculos mais presos, dores com pouca intensidade e mais ocasionais, dificuldade a fazer determinados movimentos…). Neste caso, deverá consultar um fisioterapeuta, já que muitas vezes queixas aparentemente pouco relevantes são indícios de problemas mais graves, que poderão comprometer a sua saúde mais tarde. Esta situação aplica-se a qualquer pessoa, independentemente de ser ou não praticante de alguma modalidade desportiva.

Em caso de lesão o que fazer

Nesta altura, é importante recorrer a um profissional de saúde, de modo a perceber a gravidade da situação. Através do diagnóstico em fisioterapia, recorrendo a testes ortopédicos e à análise da sintomatologia e entrevista do utente, o fisioterapeuta poderá ajudá-lo a perceber a extensão da lesão. Após esta mesma avaliação, poderão ocorrer três situações:

(1)O fisioterapeuta conclui que a lesão tem um grau ligeiro a moderado, sendo que poderá iniciar a intervenção para ajudá-lo a controlar e aliviar os sintomas, de forma a recuperar a sua funcionalidade o quanto antes;

(2)Apesar da objetividade dos testes ortopédicos de diagnóstico, os resultados destes mesmos testes podem por vezes gerar falsos positivos ou falsos negativos, e por vezes só é possível identificar clara e seguramente a lesão recorrendo a exames radiológicos. Em situações em que o fisioterapeuta possa considerar que a intervenção poderá não ajudar ou mesmo agravar a situação, o profissional poderá não intervir e sugerir-lhe consultar um médico para obter tais exames;

(3)A avaliação do fisioterapeuta determina que a sua lesão tem alguma gravidade e que, como tal, carece de um acompanhamento médico mais urgente e recomenda reencaminhamento para o seu médico ou mesmo para o hospital, onde poderão agir em conformidade.

Geralmente os exames complementares mais indicados para avaliar possíveis lesões de tecidos moles são a Ecografia, a Ressonância Magnética e a TAC. Estes permitem compreender melhor a localização e profundidade da lesão, bem como a sua extensão.

Independentemente dos resultados dos exames (quer determinem uma lesão ligeira ou mesmo grave – após a intervenção médica necessária) será sempre essencial que realize fisioterapia, de forma a acelerar a sua recuperação, evitar compensações e prevenir recidivas e outras possíveis futuras lesões.

Algumas das lesões musculares mais frequentes são, por exemplo, a contusão (“paralítica”, muito comum no futebol ou no rugby) ou rotura do quadricípete (no basquetebol) e o estiramento ou rotura dos hamstringse/ou dos gémeos (especialmente em atletismo/corrida).

Muscle injuries are the most frequent cause of physical incapacity in sports practice. It has been estimated that 30 to 50% of all sports-related injuries are caused by soft-tissue lesions.

Muscle injuries can be caused by bruising, spraining or laceration. More than 90% of all sports-related injuries are bruises or sprains(3). On the other hand, muscle lacerations are the least frequent injuries resulting from sports.

The current classification for muscle injuries separates them into mild, moderate and severe according to the clinical features presented (2).

Three phases have been identified in this process: destruction, repair and remodeling. The last two of these phases (repair and remodeling) overlap and are closely interrelated

Diagnosing the muscle injury begins with obtaining a detailed clinical history of the trauma, followed by a physical examination with inspection and palpation of the muscles involved, along with function tests with and without external resistance(11). The diagnosis is easy when a typical history of muscle bruising is accompanied by evident edema or ecchymosis distal to the injury (Figure 2).

O CREN pode ajudá-lo(a), independentemente da sua situação, fale connosco:

e: geral@cren.pt s: www.cren.pt t: 211 318 568 / 912 300 865 f: https://www.facebook.com/CRENeurologico/

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