Tecnologia versus escrita
- CREN, Joana Pinho, Fisioterapeuta
- 1 de mar. de 2018
- 2 min de leitura

"A caligrafia - que é escrever bem, com beleza e legibilidade - continua a ser, por muito fútil que possa parecer, um triunfo gráfico da nossa alma." Miguel Esteves Cardoso
QUANDO SE PRIVELIGIA A TECNOLOGIA
A tecnologia tem-se desenvolvido exponencialmente e a sua utilização parece ser já algo natural e instalado nas novas gerações.
Quando olhamos para os benefícios da mesma, a evidência tem mostrado algum potencial para promover a leitura e o conhecimento de letras (Neumann & Neumann, 2015), mas e a escrita?
Existem 4 tipos de linguagem: ouvida, oral, lida e escrita. Estes 4 sistemas de linguagem relacionam-se e interagem, desenvolvendo-se em conjunto e intrinsecamente ligados (Berninger, 2000).
A escrita talvez seja a mais complexa pois envolve o planeamento não só da ideia como do processo motor para a sua realização, a execução, e a reapreciação do resultado.
Isto resulta em múltiplas representações e operações cognitivas com uma estreita ligação às funções executivas (Berninger, Rijlaarsdam, & Fayol, 2012) e também as competências motoras.
Quando se privilegia as tecnologias (tablets, telemóveis), em vez das brincadeiras ao ar livre, das corridas pela rua, e das inúmeras horas passadas a pintar, desenhar e escrever (muitas vezes nos sítios mais indesejavéis, sofás, paredes e até no animal de estimação!) estamos a travar o desenvolvimento de competências importantes e a limitar as complexas ligações entre as diversas áreas, necessárias a um desenvolvimento pleno e saudável.
Estamos a permitir que as crianças prossigam e crescam com menores capacidades de motricidade global, de motricidade fina e por sua vez, com carências na área cognitiva. Muitas crianças não conseguem pegar numa caneta, por causa da tecnologia
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