A importância da Terapia Ocupacional no Neurodesenvolvimento do bebé e da criança
Sabia que, nos primeiros anos de vida da criança há muitas competências a serem adquiridas? E se este Neurodesenvolvimento não estivesse a decorrer de acordo com os padrões normais? Quais são os sinais a que devemos estar atentos? Vamos pensar em alguns exemplos.
Muitos destes marcos estão relacionados com os reflexos primitivos. Estes reflexos desempenham um papel no desenvolvimento, com o intuito de preparar a criança para o movimento contra a gravidade e posteriormente, de uma forma gradual, ao movimento voluntário através do processo de integração durante os primeiros meses de vida. Apenas quando o sistema nervoso central atinge a sua maturidade, a criança poderá fornecer respostas maduras ao longo do processo de desenvolvimento psicomotor. Caso haja algo a interferir neste processo, as crianças poderão demonstrar competências motoras pobres relativamente à idade cronológica. A não integração dos reflexos poderá interferir no desenvolvimento normal da criança e comprometer as suas experiências de aprendizagem e interação com o meio.
Outros marcos estão relacionados com a autonomia como por exemplo a mobilidade, desde o controlo da cabeça à marcha, assim como nas Atividades de Vida Diária (AVD’s) como o vestir e a higiene, por exemplo. Para além disto, também podem estar relacionados com o brincar desde a exploração de objetos ao brincar simbólico e em interação com os pares.
Contudo, se refletirmos bem sobre isto, como é que uma criança que não integrou os reflexos primitivos consegue fazer movimentos contra gravidade e, numa perspetiva mais complexa, brincar? Muito complexo, não é? Por esta razão é que o Neurodesenvolvimento é tão importante, tudo tem uma sequência lógica e é em função da mesma que o Terapeuta Ocupacional trabalha com a criança.
Mas então, o que é o Neurodesenvolvimento? O Neurodesenvolvimento pode ser definido como um processo progressivo de aquisição de competências psicomotoras e comportamentais que, ao longo do seu percurso, permitem ao bebé/criança vir a adquirir autonomia em função do meio onde vive.
E em que é que consiste este processo? Podemos decompor em quatro áreas fundamentais, que correspondem a atividades especificamente humanas: postura e motricidade global (postura ereta e marcha), visão e motricidade fina (visuomotricidade/coordenação óculo-manual/ visão-manipulação), audição e linguagem, comportamento e adaptação social (atividades da vida diária/autonomia, relações sociais, emoção e comportamento).
A Terapia Ocupacional, na área de pediatria, tem como missão promover funcionalidade, autonomia e independência! Mas como? Qual será a ocupação mais significativa na vida das crianças? O brincar! O brincar é essencial para o desenvolvimento da criança pois contribui para o desenvolvimento de competências cognitivas, físicas, sociais e emocionais. Desta forma, a criança irá desenvolver as competências quer seja a nível cognitivo, sensório-motoras e/ou psicossociais com o intuito de permitir ou devolver autonomia no desempenho das suas ocupações.
Se queres saber mais sobre o Neurodesenvolvimento do bebé/criança, está atento(a) às próximas publicações!
Bibliografia
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